Tia Leonora ...cenoura

Este cantinho faço para deixar a todos os meus amigos a alegria de poder ser chamada de tia...professora...fessôra. Aqui coloco meu mundinho e meus pequenos, atividades,novidades,construindo um mundo no meio de papéis e tesouras e muita vontade de ensinar e aprender com eles. Quem ama ensinar, ajuda a enxergar mais longe. O lúdico caminha com a realidade e os sonhos serão possíveis se a arte de educar tocar aos corações.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

A educação um ato de amor e motivo de uma troca de aprendizagem.

                                           PROJETO INTEGRADOR

“O PAPEL POLÍTICO PEDAGÓGICO DO PROFESSOR FRENTE À REALIDADE EDUCACIONAL BRASILEIRA”.

                                                                        Juiz de Fora
11 de setembro de 2010


 Introdução
    
       A educação se faz em qualquer lugar, mesmo em lugares menos favoráveis e muitas vezes encontramos professores despreparados para lidar com o desenvolvimento de alguns alunos.
     Um ponto que me chamou atenção foi educar através da poesia, da música, da realidade de cada um, falando de suas tristezas, Terra, sonhos, dificuldade, o que se usado de maneira correta por todos os professores serviria de incentivo a outros alunos e ter apoiando seu desenvolvimento. Dando assim apoio a mais um poeta nascido em terras longínquas e em meio á falta de estrutura, á músicos e tantas outras profissões e carreiras futuras. Usando assim a pluralidade, a interdisciplinaridade e fazendo assim seu papel político pedagógico e educador.
 A educação vence as dificuldades com na história do Maestro Mozart Vieira, desde criança os sons já fazia parte de sua vida e lembra quando criança conversando com um garoto de mais ou menos sua idade, ele conseguia ouvir nos sons emitidos pelos pássaros, córrego, vento nas folhas, cigarras e até o barulho de um coco caindo da árvore se tornava música aos seus ouvidos
            Uma das coisas que me chamou bastante atenção foi ver aqueles meninos do nordeste falar de compositores famosos e mesmo falar de seus nomes com muita familiaridade em uma entrevista cedida á Geneton Morais Neto, 1993. A música tinha seu papel social.
            A música tinha o poder de desenvolver o intelecto e a autocrítica.
 (Orquestra dos meninos)

Foi feito uma pesquisa em 13 cidades do Piauí são convidadas a debater sobre a escola no Brasil, para que serve e qual seu propósito na aprendizagem.
            Houve comentários de pontos negativos da educação, que são pontos reflexivos.
           * ”A educação deve ser da pré-alfabetização até a universidade, mas que ele a tem visto como fábrica de formar analfabetos”- (Padre Lira, prefeito de Dom Inoscêncio).
           *A escola não está cumprindo seu papel, deixando a desejar em vários aspectos.
* ”Culpo o governo, porque deveria focar a educação familiar, como pode um aluno estudar, se não tem estrutura nenhuma e tem que trabalhar se quiser comer. Não consegue aprender com fome. Uma família que passa fome não está preocupada em educar seus filhos. Eu quando tinha seis anos de idade tinha que ir trabalhar e aprendia nos livros juntando as letras formando palavras como “MANGA” e assim muitas outras. Com 10 anos de idade fiz meu primeiro teste.
       Aprende-se em uma escola pública, federal, particular e até mesmo dentro de casa. Minha mãe tinha 91 anos e nunca foi a uma escola, mas aprendeu a ler nos colocando para ler, líamos até as rezas, e quando lia faltando alguma coisa ela logo nos lembrava que estava faltando algumas palavras. Educou-se ouvindo. (“Bezerra”-poeta autodidata). (A escola serve para que?)
                Vi á historia de Valéria aluna de 16 anos, que despertou para a poesia e para gosto pelos livros e por grandes nomes da literatura. Isso em uma cidade pobre, no sertão.
“Aqui na maioria das vezes não tem nem chance de sonhar. (Valéria-16 anos)
      Ela relata que outras pessoas, alunos a acham que ela é diferente por gostar de ler, gosta das obras de Vinícius de Morais, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade.
Mostra também um livro de Vinícius – “Poesia completa e prosa”.           
A educação não tem barreiras, depende da boa vontade do educador e do educando, acredito na educação como uma troca.  Consegue-se educar em qualquer lugar com criatividade e objetividade é necessário para alcançar o rumo certo.
Uma das coisas que chamou atenção foi o despreparo da professora sua expressão que não acredita na sua capacidade de escrever desta aluna, achando que ela copiava de alguém ou de algum lugar. (Pro dia nascer feliz)
           
Desenvolvimento:
       A escola tem suas dificuldades, mas nada que leve um educador a não buscar soluções, temos exemplos de pessoas que aprenderam na falta de materiais e espaço, pessoas que não aprenderam tendo o espaço e faltando o profissional da educação,pessoa que aprendeu pelo seu esforço próprio, mas que não teve um profissional preparado para auxiliar.
       “Falta entrosamento, o diretor tem que entender que embora famílias pobres, precisam de apoio. Em um estado de temperatura alta, falta ventiladores nas salas, 80% das escolas não tem computadores”.
“Temos uma educação invertida, estamos “deseducando” os jovens. Isso precisa mudar.” (José de Albuquerque- Desembargador de Teresina).
          Sabemos que pessoas fizeram seu trabalho diante de dificuldade, usando seus materiais brutos e lapidando a forma de educar e ser educado. Se aplicassem ali a carta de Paulo Freire, onde falava de que a educação se faz pela boa reflexão e pesquisa do professor. Tem que se preparar, capacitar, se formar antes mesmo das atividades docentes. Não existe ensinar sem aprender e que ler é uma operação difícil, exigente e gratificante.

Onde achar a solução na deficiência da educação?
  Na capacitação de professores e respeito ao educando. E preparar, construir, criar, descobrir, refletir, buscar e educar-se primeiro.
           “ ...Minha terra tem palmeiras, onde canta os sabiás...”
Valéria fez uma linda poesia de uma grandeza de alma onde ela mostra amor por sua terra mesmo diante de tantas dificuldades. Ela enfrenta em sua visão de pouca idade responsabilidades, falta de lazer, dificuldades financeiras, dificuldades sócio-econômicas, adversidade cultural e perca dos sonhos e da liberdade de expressão. Mas ela tem em sua educação algo que se chama espírito reflexivo e pesquisador, o que talvez faltasse em sua educadora. Saber que a escola está em cada um de nós e que a educação se em uma casa, uma escola, no meio do sertão. Cada um em sua cultura que recebeu de herança familiar e local.

Conclusão final de tudo que vi usando a Carta de Paulo Freire aos professores
Se analisarmos todos os relatos e colocarmos pontos em prioridades para formar opiniões e criar estratégias para fazer dessa escola um lugar desejável para o aluno e capaz de ver a educação como mudança de vida e objetivo de todos.
O educador tem que ser ouvintes e fazer de desafios e dificuldades uma razão a mais para educar com amor. A educação é uma troca. Temos que educar os alunos e temos que nos educar com educadores.
           A educação se faz em qualquer lugar, mesmo em lugares menos favoráveis e muitas vezes encontramos professores despreparados para lidar com o desenvolvimento de alguns alunos.
         O papel político do professor é aplicar em sua vida a experiência de grandes educadores, pesquisadores, observadores, reflexivos, oportunistas, usando as e dificuldades como desafio e material de trabalho, capacitando-se. Acima de tudo tem que se ter amor a educação e ter a humildade de entender que só se educa, educando-se.
        Foi fazendo todas as análises dos vídeos que pude lembrar cada trecho da Carta de Paulo Freire, onde ele fala que não existe ensinar sem aprender e que quem ensina aprende de um lado por reconhecer algo aprendido antes e do outro por observar o aprendizado do aluno.
Temos nossas histórias que trazemos de nossa Terra, nossos antepassados, isso chamamos de cultura, devemos usá-la para educar e sermos educados. Faltou no educador o que tinha na aluna poetisa, a busca, a motivação, superação de obstáculos. Realizar, colocar em pratica na vida aquilo que idealizou.  
          Não existe ensinar sem aprender e que ler é uma operação difícil, exigente e gratificante.
A leitura anterior é a do mundo, aquela que envolve a cultura de cada um, mas sem menosprezar a leitura abstrata. Interessante a experiência daquela “alfabetizanda” nordestina que fala com segurança: "Faço cultura. Faço isto". (Paulo Reglus Neves)

 
Bibliografia



 Freire P. Carta de Paulo Freire aos Professores. Estudos Avançados 2001, 15.

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