Tia Leonora ...cenoura

Este cantinho faço para deixar a todos os meus amigos a alegria de poder ser chamada de tia...professora...fessôra. Aqui coloco meu mundinho e meus pequenos, atividades,novidades,construindo um mundo no meio de papéis e tesouras e muita vontade de ensinar e aprender com eles. Quem ama ensinar, ajuda a enxergar mais longe. O lúdico caminha com a realidade e os sonhos serão possíveis se a arte de educar tocar aos corações.

domingo, 21 de novembro de 2010

Trabalho de pedagogia onde podemos refletir sobre o influência da educação na vida de um ser.


O Homem é aquilo que a Educação faz dele.
Kant

1-INTRODUÇÃO

            Conhecer um pouco do pensamento desse grande filósofo nascido na cidade de Königsberg, Alemanha em 1724 e que pensa a educação como nos dias de hoje, é maravilhoso.
            “O homem é a única criatura que precisa ser educado” – Immanuel Kant
            Sobre a educação ele escreve ainda que “a espécie humana é obrigada a extrair de si mesma pouco a pouco, com suas próprias forças, todas as qualidades naturais, que pertencem à humanidade” (Kant, 1996, p. 12) e que “por um lado, a educação ensina alguma coisa aos homens e, por outro lado, não faz mais que desenvolver nele certas qualidades” (Kant, 1996, p. 15).Portanto, para Immanuel Kant a educação é um processo pelo qual se desenvolvem as potencialidades inatas do ser humano.
    

                           2-DESENVOLVIMENTO
   
            Compreensão das influências de várias teorias estabelecendo parâmetros de avaliação, critérios de verdade, objetivação, metodologia e relação sujeito e objeto para os vários modos de conhecer diante da crise da razão, sendo assim o ser humano busca conhecer fatos e a sua história e esse conhecimento o fazer crescer.
            Houve uma fase em que o homem foi levado a questionar e a buscar a verdade e constituir a própria essência, sensíveis e individuais, levando a opinião e conhecimento ao saber. Acabou surgindo uma República maior e mais conhecida, pois aquilo que começou a ser discutido por Sócrates, foi passando por Platão e o estado se dividiu em 3 classes: comerciantes,militares e filósofos-reis.
            Aristóteles entendia ao contrário de Platão que todo conhecimento era possível e tinha início com sentidos e sensações.
            Sendo assim o homem é aquilo que a educação faz dele.
            A educação era diferenciada Idade média mais conhecida como período das idéias retrógadas e atrasadas e de economia e política nas mãos dos poderosos, ou seja, dos senhores feudais. Fase essa de acontecimentos diferenciados, mas muito marcantes como as guerras religiosas, a peste negra que devastou vidas e a educação monopolizada. Enquanto os filhos dos senhores feudais se preparavam para uma cultura de artes, os filhos dos plebeus preparavam para o trabalho nos campos. Jamais chegariam a doutores ou qualquer condição de vida melhor ou igual aos filhos dos senhores. Pois a instrução dada era a do trabalho e estudar como os filhos deles era impossível.
            Vimos também os espartas a educação era militar preparavam os filhos para a guerra, desde pequenos aprendendo a usar as armas e no futuro se transformando em soldados. As meninas recebiam a educação sexual na puberdade sendo assim, preparadas para ser boas mães, tendo boa saúde para ter muitos filhos, pois, na guerra perdiam-se homens.
            Duas fases marcantes foi a queda do Império Romano e o desenvolvimento da Escolásticas  (que recebeu contribuição de São Tomaz de Aquino para seu desenvolvimento), onde o crescimento da filosofia veio com a criação das Universidades.
            Houve conflito entre a razão e a fé, quem não aceitasse os dogmas da igreja  condenados pelo concilio e expulsos da mesma, mas Santo Agostinho trouxe a criação da teoria do conhecimento enfatizando as questões da subjetividade e interioridade...se olhar no seu interior o homem descobre a verdade pela iluminação divina, essa teoria substituía a de Platão, abrindo caminho para a fé.
            A história tem uma direção.
         “Toda reforma interior e toda mudança para melhor dependem exclusivamente da aplicação do nosso próprio esforço.(Kant)
         Santo Anselmo, pensador, buscou articular a razão e a revelação, a fé e o entendimento.
         Não se pode pensar a inexistência de um ser onde nada maior pode ser pensado sem contradição, fica provado a existência de Deus.
         Se for falar de tudo o que o conhecimento é capaz, o homem conhece o mundo e aprende a entender a fé e a razão.



3-CONSIDERAÇÕES FINAIS

 “É o maior e mais árduo problema que pode ser proposto aos homens.”  (Kant, 1996, p.20) e que entre as descobertas humanas há duas dificílimas, e são: a arte de governar os homens e a  arte de educá-los”(Kant,1996, p.21). Portanto, eduicar não é tarefa fácil.A educação exige compromisso, responsabilidade, requer que o educando se implique verdadeiramente no desenvolvimento pleno através dos estímulos, conselhos de seu educador   A educação nos leva a refletir e mesmo com o passar de anos e séculos nos seres humanos continuamos buscando resposta, refletindo, buscando, discutindo tudo o que pode nos acrescentar conhecimento e levar conhecimento.
  Muitas pessoas fizeram sua história na educação e nós fazemos a nossa estava lendo aquela carta do cacique Seattle ao presidente dos Estados Unidos, onde ele falava de sua terra, seu povo, sua história e da sua fé. Lembrei que a tanto tempo se discutia a fé e razão e que estamos evoluindo no tempo mas respondendo a pergunta, a educação faz o homem e o homem é aquilo que a educação faz dele.
   Temos a oportunidade de crescer então ousemos a dar um passo maior e busquemos um resultado melhor em nossas vidas e na vida de nossos filhos , alunos e todos aqueles que vão aprendendo a caminhar aliado a educação, pois como já dizia Immanuel Kant...
  
    “Toda reforma interior e toda mudança para melhor dependem exclusivamente da aplicação do nosso próprio esforço.(Kant)


REFERÊNCIAS


KANT, Immanuel. Sobre a Pedagogia. Tradução de Francisco Cock Fontanella. Piracicaba: Editora Unimep, 1996.

KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. (Trad. Valerio Rohden e Udo Baldur Moosburger). (Coleção Os Pensadores). São Paulo: Nova Cultural, 1996.








quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Cultura - letra e música

 


    Esta música que coloco aqui é maravilhosa e observando a riqueza de suas palavras, descobrimos que existe nela um apelo pela vida e mais ainda a gratidão pela arte de viver cada coisa pequena e cada detalhe. 
     Hoje recebi pela manhã umas cartinhas de amor e gratidão de alguns alunos e a tarde uma linda sandália que achei desnecessária, mas era um presente.Meu dia foi bom... presentes da alma, da dor da alma,da gentileza...da alegria, simplesmente presentes.
      A noite cansada de um trabalho que desenvolvia recebi a visita de um amigo...acho que na verdade eu o visitei...um ser dado a cultura e parece estudar a humanidade sem estar preso a essa tarefa e falou de uma música que não sei se ouvia no momento, mas que falava na alma. Recebi o link e tentei ver como era...já tinha ouvido alguém cantar usando um violão, mas nunca a apreciei como deveria...linda...linda...parecia ouvir o som dos anjos...Foi um presente e foi você que me deu.
       Esse presente é contagioso...falar de vida e de nossa terra...colocarei em uma hora bem legal de reflexão na escola.
      Obrigada, meu querido professor, por me levar a lembrar de algo tão rico e de ter a idéia de trabalhar essa música em nossa despedida do ano letivo.
       Vamos incluir em nossas apresentações e dar adaptar a nossa festa.
    
   Para você uma frase:
   "Quando se sonha sozinho é apenas um sonho. Quando se sonha juntos é o começo da realidade."
                                    D. Quixote






  
    Enquanto Engoma a Calça

Ednardo

Composição: Ednardo e Climério
Arrepare não mas enquanto engoma a calça eu vou lhe contar
Uma história bem curtinha fácil de cantar
Porque cantar parece com não morrer
É igual a não se esquecer (2x)
Que a vida é que tem razão
Esse voar maneiro foi ninguém que me ensinou não foi passarinho
foi olhar do meu amor me arrepiou todinho e me eletrizou assim
quando olhou meu coração (2x)
(Repete refrão)
Ai, mais como é triste
essa nossa vida de artista
Depois de perder Vilma prá São Paulo
perder Maria Helena Pro Dentista
(Repete refrão)

Immanuel kant - Pensamentos de um grande filósofo da educação

df
    
    Falando sobre o que a educação é capaz de fazer na vida de uma pessoa








   Immanuel Kant nasceu em Königsberg na Alemanha em1724. Era filho de pequenos artesões e passou toda sua vida nessa cidade. Iniciou seus trabalhos como preceptor de crianças de famílias ricas. Doutorou-se em filosofia e tornou-se professor universitário. Até hoje Kant é considerado influente para o pensamento pedagógico. Immanuel Kant faleceu em 1804, também em Königsberg na Alemanha, devido a uma doença degenerativa. 


  Coisas que ele sempre defendeu em seus pensamentos e que fazem parte de muitos pensamentos de pequenos educadores de nossos dias:





Kant entende que a educação é o cuidado da “infância (a conservação, o trato), a disciplina e a instrução como formação.” (KANT, 1996, p. 11). O autor entende como cuidado “as precauções que os pais tomam para impedir que as crianças façam uso nocivo de suas forças.” (KANT, 1996, p. 11). Sobre a educação ele escreve ainda que “a espécie humana é obrigada a extrair de si mesma pouco a pouco, com suas próprias forças, todas as qualidades naturais, que pertencem à humanidade” (KANT, 1996, p. 12) e que “por um lado, a educação ensina alguma coisa aos homens e, por outro lado, não faz mais que desenvolver nele certas qualidades” (KANT, 1996, p. 15). Portanto, para Kant a educação é um processo pelo qual se desenvolvem as potencialidades inatas do ser humano.
O autor inicia a obra afirmando que “o homem é a única criatura que precisa ser educada" (KANT, 1996, p. 11), ou seja, o homem não é igual as outras espécies animais. Nas palavras de Kant os animais “não precisam ser cuidados, no máximo precisam ser alimentados, aquecidos, guiados e protegidos de algum modo. A maior parte dos animais requer nutrição, mas não requer cuidados” (KANT, 1996, p. 11). Portanto o homem necessita ser educado pois a educação é o processo pelo qual o homem passa para tornar-se homem, para desenvolver todas suas capacidades naturais: Nas palavras do autor “o homem não pode tornar-se um verdadeiro homem se não pela educação. Ele é aquilo que a educação dele faz.” (KANT, 1996, p. 15)
Além de entender que a educação é constantemente aperfeiçoada pelas gerações, Kant argumenta que esta deve estar sempre voltada ou preparando a criança para o futuro e não para o presente, ou seja, para um estado melhor. Assim sendo o autor escreve que deveriam dar as crianças “uma educação melhor, para que, possa acontecer um estado melhor no futuro” (KANT, 1996, p. 22-23).
Sobre os estágios ou divisões da educação Kant divide-a em educação física e educação prática. Para o autor

    
A educação física é aquela que o homem tem em comum com os animais, ou seja, os cuidados com a vida corporal. A educação prática ou moral[...] é aquela que diz respeito à construção (cultura) do homem, para que possa viver como um ser livre, o qual pode bastar-se a si mesmo, constituir-se membro da sociedade e ter por si mesmo um valor intrínseco. (KANT, 1996, p. 36)
   
  “Quanto mais costumes tem um homem, tanto menos é livre e independente” (KANT, 1996, p. 51) portanto deve-se tomar o cuidado para não mimar as crianças para que essas aprendam a fazer o que desejam sozinhas.
  
  “E o maior e o mais árduo problema que pode ser proposto aos homens.” (KANT, 1996, p. 20) e que “entre as descobertas humanas há duas dificílimas, e são: a arte de governar os homens e a arte de educá-los” (KANT, 1996, p. 21). Portanto, educar não é tarefa fácil. A educação exige compromisso, responsabilidade, requer que o educando se implique verdadeiramente no desenvolvimento pleno através dos estímulos, conselhos de seu educador.

                         Frases de Immanuel Kant...

   "A amizade é semelhante a um bom café; uma vez frio, não se aquece sem perder bastante do primeiro sabor."
      Immanuel Kan
    
     "Podemos julgar o coração de um homem pela forma como ele trata os animais."
      Immanuel Kan


      "A moral, propriamente dita, não é a doutrina que nos ensina como sermos felizes, mas como devemos tornar-nos dignos da felicidade."
           Immanuel Kant
          
            "O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele."
     Immanuel Kant
    "É por isso que se mandam as crianças à escola: não tanto para que aprendam alguma coisa, mas para que se habituem a estar calmas e sentadas e a cumprir escrupulosamente o que se lhes ordena, de modo que depois não pensem mesmo que têm de pôr em prática as suas idéias."Immanuel Kant"Não há garantias. Do ponto de vista do medo, ninguém é forte o suficiente. Do ponto de vista do amor, ninguém é necessário."
"Quanto mais amor temos, tanto mais fácil fazemos a nossa passagem pelo mundo."
  "A missão suprema do homem é saber o que precisa para ser homem."Immanuel Kant
  "Todo o conhecimento humano começou com intuições, passou daí aos conceitos e terminou com idéias."Immanuel Kant"Se vale a pena vivere se a morte faz parte da vida,então,morrer também vale a pena..."Immanuel Kant"A inumanidade que se causa a um outro, destrói a humanidade em mim."Immanuel Kant
"O homem é o único animal que precisa de trabalhar."Immanuel Kant







































Coisa de nossa terra...povo da Terra e das matas...

Em 1855, o cacique Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de Washington, enviou esta carta ao presidente dos Estados Unidos (Francis Pierce), depois de o Governo haver dado a entender que pretendia comprar o território ocupado por aqueles índios. Faz mais de um século e meio. Mas o desabafo do cacique tem uma incrível atualidade. "O grande chefe de Washington mandou dizer que quer comprar a nossa terra. O grande chefe assegurou-nos também da sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não necessita da nossa amizade. Nós vamos pensar na sua oferta, pois sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará a nossa terra. O grande chefe de Washington pode acreditar no que o chefe Seattle diz com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na mudança das estações do ano. Minha palavra é como as estrelas, elas não empalidecem. Como pode-se comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal idéia é estranha. Nós não somos donos da pureza do ar ou do brilho da água. Como pode então comprá-los de nós? Decidimos apenas sobre as coisas do nosso tempo. Toda esta terra é sagrada para o meu povo. Cada folha reluzente, todas as praias de areia, cada véu de neblina nas florestas escuras, cada clareira e todos os insetos a zumbir são sagrados nas tradições e na crença do meu povo. Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um torrão de terra é igual ao outro. Porque ele é um estranho, que vem de noite e rouba da terra tudo quanto necessita. A terra não é sua irmã, nem sua amiga, e depois de exaurí-la ele vai embora. Deixa para trás o túmulo de seu pai sem remorsos. Rouba a terra de seus filhos, nada respeita. Esquece os antepassados e os direitos dos filhos. Sua ganância empobrece a terra e deixa atrás de si os desertos. Suas cidades são um tormento para os olhos do homem vermelho, mas talvez seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que nada compreende. Não se pode encontrar paz nas cidades do homem branco. Nem lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o zunir das asas dos insetos. Talvez por ser um selvagem que nada entende, o barulho das cidades é terrível para os meus ouvidos. E que espécie de vida é aquela em que o homem não pode ouvir a voz do corvo noturno ou a conversa dos sapos no brejo à noite? Um índio prefere o suave sussurro do vento sobre o espelho d'água e o próprio cheiro do vento, purificado pela chuva do meio-dia e com aroma de pinho. O ar é precioso para o homem vermelho, porque todos os seres vivos respiram o mesmo ar, animais, árvores, homens. Não parece que o homem branco se importe com o ar que respira. Como um moribundo, ele é insensível ao mau cheiro. Se eu me decidir a aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais como se fossem seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo que possa ser de outra forma. Vi milhares de bisões apodrecendo nas pradarias abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais valioso que um bisão, que nós, peles vermelhas matamos apenas para sustentar a nossa própria vida. O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem os homens morreriam de solidão espiritual, porque tudo quanto acontece aos animais pode também afetar os homens. Tudo quanto fere a terra, fere também os filhos da terra. Os nossos filhos viram os pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio e envenenam seu corpo com alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias. Eles não são muitos. Mais algumas horas ou até mesmo alguns invernos e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nestas terras ou que tem vagueado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará para chorar, sobre os túmulos, um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso. De uma coisa sabemos, que o homem branco talvez venha um dia descobrir: o nosso Deus é o mesmo Deus. Julga, talvez, que pode ser dono Dele da mesma maneira como deseja possuir a nossa terra. Mas não pode. Ele é Deus de todos. E quer bem da mesma maneira ao homem vermelho como ao branco. A terra é amada por Ele. Causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo Criador. O homem branco também vai desaparecer, talvez mais depressa do que as outras raças. Continua sujando a sua própria cama e há de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios dejetos. Depois de abatido o último bisão e domados todos os cavalos selvagens, quando as matas misteriosas federem à gente, quando as colinas escarpadas se encherem de fios que falam, onde ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias? Terão ido embora. Restará dar adeus à andorinha da torre e à caça; o fim da vida e o começo pela luta pela sobrevivência. Talvez compreendêssemos com que sonha o homem branco se soubéssemos quais as esperanças transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais visões do futuro oferecem para que possam ser formados os desejos do dia de amanhã. Mas nós somos selvagens. Os sonhos do homem branco são ocultos para nós. E por serem ocultos temos que escolher o nosso próprio caminho. Se consentirmos na venda é para garantir as reservas que nos prometeste. Lá talvez possamos viver os nossos últimos dias como desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará a viver nestas florestas e praias, porque nós as amamos como um recém-nascido ama o bater do coração de sua mãe. Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Protege-a como nós a protegíamos. Nunca esqueça como era a terra quando dela tomou posse. E com toda a sua força, o seu poder, e todo o seu coração, conserva-a para os seus filhos, e ama-a como Deus nos ama a todos. Uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é querida por Ele. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum