Cantigas
Boi da cara preta
Boi, boi, boi
Boi da cara preta
Pega esta criança que tem medo de careta
Não , não , não
Não pega ele não
Ele é bonitinho, ele chora coitadinho
Vem, vem, vem Sinhazinha
Vem, vem para provar
Vem, vem, vem Sinhazinha
Na barraquinha comprar
A barraquinha
Pé de moleque queimado
Cana, aipim, batatinha
Ó quanta coisa gostosa
Boi barroso
Eu mandei fazer um laço do couro do jacaré
Pra laçar o boi barroso, num cavalo pangaré
Refrão Meu Boi Barroso, meu Boi Pitanga
O teu lugar, ai, é lá na cana
Adeus menina, eu vou me embora
Não sou daqui,ai, sou lá de fora
Meu bonito Boi Barroso,que eu já dava por perdido
Deixando rastro na areia logo foi reconhecido
-Refrão
Sapo jururu
Sapo Jururu na beira do rio
Quando o sapo grita, ó Maninha, diz que está com frio
A mulher do sapo, é quem está la dentro
Fazendo rendinha, ó Maninha, pro seu casamento
Meu limão, meu limoeiro
Meu limão, meu limoeiroMeu limão, meu limoeiro
Meu pé de jacarandá
Uma vez, tindolelê
Outra vez, tindolalá
Escravos de Jó
Escravos de Jó jogavam caxangá
Tira, bota deixa o Zé Pereira ficar
Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue za (bis)
Terezinha de Jesus
Terezinha de Jesus deu uma queda
Foi ao chão
Acudiram três cavalheiros
Todos de chapéu na mão
O primeiro foi seu pai
O segundo seu irmão
O terceiro foi aquele
Que a Tereza deu a mão
Terezinha levantou-se
Levantou-se lá do chão
E sorrindo disse ao noivo
Eu te dou meu coração
Cai, cai balão
Cai cai balão, cai cai balão
Na rua do sabão
Não Cai não, não cai não, não cai não
Cai aqui na minha mão !
Cai cai balão, cai cai balão
Aqui na minha mão
Não vou lá, não vou lá, não vou lá
Tenho medo de apanhar !
Adivinhação
O que é o que é?
.Ele tem asas e não vôa?
Bule
.Nasce grande e morre pequeno?
Lápis
.Cai em pé e corre deitado?
Resposta:chuva
.Que é surdo e não fala , mas conta muita coisa?
Livro
.Vôa mas não é ave?
Resposta: pipa
.Atravessa o rio sem se molhar?
Resposta:Ponte
.Fala mas não tem boca?
Resposta:telefone
Resposta: o livro
- O que é o que é que sempre se quebra quando se fala?
Resposta: o segredo
Resposta: o segredo
- Ele é magro pra chuchu, tem entes mas nunca come e mesmo sem ter dinheiro, dá comida a quem tem fome?
Resposta: o garfo
- O que é que passa a vida na janela e mesmo dentro de casa, está fora dela?
Resposta: o botão
Resposta: o garfo
- O que é que passa a vida na janela e mesmo dentro de casa, está fora dela?
Resposta: o botão
- O que é o que é feito para andar e não anda?
Resposta: a rua
Resposta: a rua
- O que é o que é que dá muitas voltas e não sai do lugar?
Resposta: o relógio
Resposta: o relógio
- Qual é a piada do fotógrafo?
Resposta: ninguém sabe, pois ela ainda não foi revelada.
Resposta: ninguém sabe, pois ela ainda não foi revelada.
- Você sabe em que dia a plantinha não pode entrar no hospital?
Resposta: em dia de plantão.
Resposta: em dia de plantão.
Lendas folclóricas
Quem é o saci
O Saci-Pererê é um dos personagens mais conhecidos do folclore brasileiro. Possuí até um dia em sua homenagem: 31 de outubro. Provavelmente, surgiu entre povos indígenas da região Sul do Brasil, ainda durante o período colonial (possivelmente no final do século XVIII). Nesta época, era representado por um menino indígena de cor morena e com um rabo, que vivia aprontando travessuras na floresta.
Porém, ao migrar para o norte do país, o mito e o personagem sofreram modificações ao receberem influências da cultura africana. O Saci transformou-se num jovem negro com apenas uma perna, pois, de acordo com o mito, havia perdido a outra numa luta de capoeira. Passou a ser representado usando um gorro vermelho e um cachimbo, típico da cultura africana. Até os dias atuais ele é representado desta forma.
O comportamento é a marca registrada deste personagem folclórico. Muito divertido e brincalhão, o saci passa todo tempo aprontando travessuras na matas e nas casas. Assusta viajantes, esconde objetos domésticos, emite ruídos, assusta cavalos e bois no pasto etc. Apesar das brincadeiras, não pratica atitudes com o objetivo de prejudicar alguém ou fazer o mal.
Diz o mito que ele se desloca dentro de redemoinhos de vento, e para captura-lo é necessário jogar uma peneira sobre ele. Após o feito, deve-se tirar o gorro e prender o saci dentro de uma garrafa. Somente desta forma ele irá obedecer seu “proprietário”.
Mas, de acordo com o mito, o saci não é voltado apenas para brincadeiras. Ele é um importante conhecedor das ervas da floresta, da fabricação de chás e medicamentos feitos com plantas. Ele controla e guarda os segredos e todos estes conhecimentos. Aqueles que penetram nas florestas em busca destas ervas, devem, de acordo com a mitologia, pedir sua autorização. Caso contrário, se transformará em mais uma vítima de suas travessuras.
A crença neste personagem ainda é muito forte na região interior do Brasil. Em volta das fogueiras, os mais velhos contam suas experiências com o saci aos mais novos. Através da cultura oral, o mito vai se perpetuando. Porém, o personagem chegou aos grandes centros urbanos através da literatura, da televisão e das histórias em quadrinhos.
Quem primeiro retratou o personagem, de forma brilhante na literatura infantil, foi o escritor Monteiro Lobato. Nas histórias do Sítio do Pica-Pau Amarelo, o saci aparece constantemente. Ele vive aprontando com os personagens do sítio. A lenda se espalhou por todo o Brasil quando as histórias de Monteiro Lobato ganharam as telas da televisão, transformando-se em seriado, transmitido na década de 1970-1980
Esta é uma das lendas mais conhecidas do folclore brasileiro. Ela povoa o imaginário, principalmente das pessoas que habitam regiões rurais do nosso país. Este personagem folclórico é uma mula sem a cabeça e que solta fogo pelo pescoço.
De acordo com a lenda, a mula-sem-cabeça costuma correr pelas matas e campos, assustando as pessoas e animais.
Várias versões da lenda
Existem várias explicações para a origem desta lenda, variando de região para região. Em alguns locais, contam que a mula-sem-cabeça surge no momento em que uma mulher namora ou casa com um padre. Como castigo pelo pecado cometido, transforma-se neste ser monstruoso.
Existem várias explicações para a origem desta lenda, variando de região para região. Em alguns locais, contam que a mula-sem-cabeça surge no momento em que uma mulher namora ou casa com um padre. Como castigo pelo pecado cometido, transforma-se neste ser monstruoso.
Em outras regiões, contam que, se uma mulher perde a virgindade antes do casamento, pode se transformar em mula-sem-cabeça. Esta versão está muito ligada ao controle que as familias tradicionais buscavam ter sobre os relacionamentos amorosos, principalmente das filhas. Era uma forma de assustar as filhas, mantendo-as dentro dos padrões morais e comportamentais de séculos passados.
Existe ainda outra versão mais antiga e complexa da lenda. Esta, conta que num determinado reino, a rainha costuma ir secretamente ao cemitério no período da noite. O rei, numa determinada noite, resolveu segui-la para ver o que estava acontecendo. Ao chegar ao cemitério, deparou-se com a esposa comendo o cadáver de uma criança. Assustado, soltou um grito horrível. A rainha, ao perceber que o marido descobrira seu segredo, transformou-se numa mula-sem-cabeça e saiu galopando em direção à mata, nunca mais retornando para a corte.
Existe ainda outra versão mais antiga e complexa da lenda. Esta, conta que num determinado reino, a rainha costuma ir secretamente ao cemitério no período da noite. O rei, numa determinada noite, resolveu segui-la para ver o que estava acontecendo. Ao chegar ao cemitério, deparou-se com a esposa comendo o cadáver de uma criança. Assustado, soltou um grito horrível. A rainha, ao perceber que o marido descobrira seu segredo, transformou-se numa mula-sem-cabeça e saiu galopando em direção à mata, nunca mais retornando para a corte.
Quem é a Iara?
Também conhecida como a “mãe das águas”, Iara é uma personagem do folclore brasileiro. De acordo com a lenda, de origem indígena, Iara é uma sereia (corpo de mulher da cintura para cima e de peixe da cintura para baixo) morena de cabelos negros e olhos castanhos.
A lenda conta que a linda sereia fica nos rios do norte do país, onde costuma viver. Nas pedras das encostas, costuma atrair os homens com seu belo e irresistível canto. As vítimas costumam seguir Iara até o fundo dos rios, local de onde nunca mais voltam. Os poucos que conseguem voltar acabam ficando loucos em função dos encantamentos da sereia. Neste caso, conta a lenda, somente um ritual realizado por um pajé (chefe religioso indígena, curandeiro) pode livrar o homem do feitiço. Origem da personagem
Contam os índios da região amazônica que Iara era uma excelente índia guerreira. Os irmãos tinham ciúmes dela, pois o pai a elogiava muito. Certo dia, os irmãos resolveram matar Iara. Porém, ela ouviu o plano e resolveu matar os irmãos, como forma de defesa. Após ter feito isso, Iara fugiu para as matas. Porém, o pai a perseguiu e conseguiu capturá-la. Como punição, Iara foi jogada no rio Solimões (região amazônica). Os peixes que ali estavam a salvaram e, como era noite de lua cheia, ela foi transformada numa linda sereia.
Curiosidade:
- A palavra Iara é de origem indígena. Yara significa “aquela que mora na água”.
Contam os índios da região amazônica que Iara era uma excelente índia guerreira. Os irmãos tinham ciúmes dela, pois o pai a elogiava muito. Certo dia, os irmãos resolveram matar Iara. Porém, ela ouviu o plano e resolveu matar os irmãos, como forma de defesa. Após ter feito isso, Iara fugiu para as matas. Porém, o pai a perseguiu e conseguiu capturá-la. Como punição, Iara foi jogada no rio Solimões (região amazônica). Os peixes que ali estavam a salvaram e, como era noite de lua cheia, ela foi transformada numa linda sereia.
Curiosidade:
- A palavra Iara é de origem indígena. Yara significa “aquela que mora na água”.
Boitatá
Também conhecido como "fogo que corre", o boitatá, no folclore brasileiro, é uma grande cobra de fogo. Este bicho imaginário foi citado pela primeira vez em 1560, num texto do padre jesuíta José de Anchieta. Na língua indígena tupi, "mboi" significa cobra e "tata" fogo.
A lenda no Norte e Nordeste
De acordo com a lenda, o boitatá protege as matas e florestas das pessoas que provocam queimadas. O boitatá vive dentro dos rios e lagos e sai de seu "habitat" para queimar as pessoas que praticam incêndios nas matas. De acordo com esta lenda, o boitatá possui a capacidade de se transformar num tronco de fogo.
A lenda no Sul
Numa lenda do sul do Brasil, a explicação para o surgimento da cobra de fogo está relacionada ao dilúvio (história bíblica que fala sobre a chuva que durou 40 dias e 40 noites). Após o dilúvio, muitos animais morreram e as cobras ficaram rindo felizes, pois havia alimento em abundância. Como castigo, a barriga delas começou a pegar fogo, iluminando todo o corpo.
Explicação científica:
- Pesquisadores afirmam que esta lenda está associada aos incêndios, que ocorrem espontaneamente em função da queima de gases oriundos da decomposição de material orgânico.
- Pesquisadores afirmam que esta lenda está associada aos incêndios, que ocorrem espontaneamente em função da queima de gases oriundos da decomposição de material orgânico.
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